Uma das frases mais faladas pelos
ritmistas é, “nós levamos o carnaval nas costas” e realmente é assim, o
primeiro setor da escola há começar suas atividades é a bateria, assim como
também ensaia muitas vezes até dois dias antes do grande espetáculo. Nos ensaios
o ritmista é o primeiro a chegar e ultimo a sair, assim como nas barcas, e na maioria das vezes não nos é oferecido nem um copo d’agua. Chegamos
assim à uma breve conclusão de que o ritmista é desvalorizado, esquecido,
enfim, qual seja o termo que ligue a
injustiça.
Porém não é nenhuma novidade pra
ninguém assuntos como:
“houve uma briga na quadra, causada pelos ritmistas”
“um
cara da bateria bebeu e passou mal, fez um fiasco”
ou o pior de todos os
falatórios... “um ritmista quase teve uma overdose”.
É claro que carnaval é
descontração, é uma festa, mas nada justifica falta de profissionalismo, seja
em qualquer caso, é tudo uma questão de educação, senso, saber que temos
direitos e deveres; que pra cobrarmos respeito nós devemos respeitar, e
infelizmente isso não acontece como deveria.
Quando eu menciono a união dos
ritmistas, e normalmente uso bambas e imperador como exemplo, por serem coirmãs
rivais, eu quero lhes dizer que sim, independente de amar um pavilhão o
ritmista tem que se respeitar como colega, como se fosse profissão, afinal de
contas, o nível técnico de nossas baterias hoje é muito alto e faz justiça a
tantas notas dez no quesito, mas vejam bem, as escolas citadas são apenas para
exemplificar. Ninguém é mais ou menos que ninguém, somos todos humanos,
colegas, devemos nos respeitar de igual pra igual, devemos aplaudir e apoiar
todo trabalho, pois só quem toca, quem
vive dentro de uma bateria é que sabe das dificuldades que passamos o ano todo pra colocar a bateria
na rua. Sendo chulo quero dizer que se acabaram os tempos de criticas ofensivas há qualquer trabalho, chega de ladainha e
conflito. Eu Abner jamais imaginaria um ritmista escrevendo pra os ritmistas, e
esse espaço nos dado é muito importante, mostra que estamos evoluindo, e eu
como ritmista venho lhes dizer que ainda temos muito que evoluir pra chegarmos num patamar que seja bom pra todos.
Não dispomos de um material desejado,
por falta de instrução e educação de cada ritmista, muito instrumento é
estragado ao longo dos ensaios, não dispomos de dinheiro pra que possa ser
feito com frequência uma manutenção necessária em nossos instrumentos, mas como
dizem algumas charges “a cabra já esta morta” “tocar em cima dos bordões não
vai tira um som excelente” “não é pra espancar, é pra tirar som” essas frases e
muitas outras embora sejam ditas na maioria das vezes como brincadeira, são
instruções de bom uso, de preservação que deve ser feitas pelos ritmistas.
Pra finalizar, devemos nos juntar em
prol do ritmo, sermos educados e justos para que possamos cobrar por isso,
devemos ser mais cuidadosos com nosso material e principalmente, devemos parar
de chorar por tudo, a qualidade dos trabalhos de bateria no nosso carnaval já é
ótima, devemos analisar e moldar nossas atitudes para que possamos ter mais.
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