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segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

SAMBA, FÉ E EMOÇÃO!



Na sexta-feira (01.12) o CETE - Centro de Estudos e Pesquisas de Tema Enredo e Memória do Carnaval novamente deixou sua marca na história do carnaval de Porto Alegre.
Na véspera do Dia Nacional do Samba, foi realizada a terceira edição da celebração inter-religiosa que comemora a data do gênero musical símbolo do Brasil. O público presenciou e sentiu muita emoção e boas vibrações ao final da tarde, na Igreja Nossa Senhora das Dores, no Centro Histórico da Capital. A tolerância e a diversidade religiosa também foram celebradas por católicos, seguidores dos cultos afros e admiradores do samba e do
carnaval.
O evento iniciou 30 minutos depois do horário marcado devido ao atraso da equipe de sonorização contratada. Superado esse incidente, o intérprete Everton Rataescki, microfone número 1 do Estado Maior da Restinga, cantou a música “Nossa Senhora”, de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, em louvor à Virgem das Dores.
Logo em seguida, o mestre de cerimônias Cláudio Brito (nas palavras do
próprio, fazendo um misto de "cambono e coroinha"), saudou o público presente lembrando a importância histórica da Igreja das Dores para os católicos e para a comunidade negra de Porto Alegre.
Brito também fez menção a duas recentes saudosas figuras de suma importância ao carnaval de Porto Alegre: o carnavalesco Sergio Peixoto, que na condição de fundador e primeiro presidente do CETE, organizou e idealizou as primeiras cerimônias inter-religiosas pelo Dia Nacional do Samba (em 2014 e 2015) e também a Fábio Verçoza, eterno Rei Momo da capital gaúcha.
Na sequência, o padre Lucas Matheus, pároco da Igreja das Dores e anfitrião, salientou a importância do ato que estava sendo realizado e pediu a todos que se dessem as mãos e rezassem a oração do Pai Nosso. Logo em seguida, o babalorixá Pai Clóvis do Xangô Agandjú também louvou a realização de um evento que celebra a tolerância e a diversidade religiosa, além de sugerir que mais eventos como este se repetissem ao longo do ano.
A parte artística seguiu com nova apresentação de Everton, cantando “Não deixe o samba morrer”, um número de dança afro realizado por integrantes da elogiada comissão de frente dos Imperadores do Samba e um set musical com o coral das velhas guardas de Bambas da Orgia e Imperadores, culminando com todos cantado “Só tem um problema nesse amor”, música consagrada pela gravação do saudoso Carlos Medina, na qual narra um amor entre um casal onde um torce pela vermelho e azul e o outro pela azul e branco.
O culto ainda teve a benção das estandartes (representando diversas entidades carnavalescas) pelo padre e pelo babalorixá e a lavagem simbólica por mães de santo e baianas de escolas de samba que com jarros com água de cheiro perfumaram e purificaram todo o público presente fazendo emanar boas vibrações no átrio da igreja.
O CETE agradece a todas as entidades que ajudaram a promover a celebração (Arquidiocese de Porto Alegre, Conselho Estadual da Umbanda e dos Cultos Afro Brasileiros do RS, Liespa, Uecgapa e Udesca), aos profissionais de imprensa pela importante cobertura que deram à festa e também - e principalmente - ao público que esteve presente prestigiando o evento.
O CETE tem memória, sim. Mas tem, sobretudo, um presente pujante e um futuro glorioso. Ainda há muito o que fazer. Alô, Seu Peixoto, seguimos firmes na missão!
E até 2018, quando nos encontraremos na quarta edição da celebração do Dia Nacional do Samba. Se Deus e os Orixás quiserem e Eles hão de querer! Axé!

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