Assim ingressou no Carnaval oficial de Porto Alegre, em 1993, através do antigo Grupo Extra, a Escola de Samba Mocidade Independente da Lomba do Pinheiro. No princípio dos anos noventa, sua trajetória foi brilhante, com desfiles alegres, temática bem-humorada e número de componentes que crescia a cada apresentação. Em 1997, a escola chegou ao Grupo Especial, passando a competir com as grandes agremiações carnavalescas da cidade,porém, sua estrutura administrativa e sua função cultural não estavam suficientemente definidas para fazer frente às exigências do "Carnaval-espetáculo".A Mocidade Independente enfrentou o problema de indefinição sobre um local permanente para sua quadra. Em 1998, as propostas de desfile não se concretizaram e a escola foi rebaixada. No desfile de 1999, mesmo apresentando tema de-enredo com potencial para um bom Carnaval, a Escola não cumpriu com os requisitos necessários ao espetáculo, sendo novamente rebaixada. Faz-se necessária, no momento em que se encerra a década, uma reavaliação dos objetivos da escola e da capacidade dos seus dirigentes e atribuir funções a dirigentes verdadeiramente capacitados e conhecedores das regras do Carnaval-espetáculo é providência das mais urgentes a ser tomadas pelos que realmente objetivam o sucesso da Mocidade Independente da Lomba do Pinheiro. No quadro abaixo, o desempenho da Mocidade desde quando ela ingressou nos desfiles:
As responsabilidades pela Presidência da Mocidade
Independente foram de Rubens Guedes, em 1993, e de Jorge Luís da
Silva, em 1994. De 1995 a 1996, Ézio Fajardo do Nascimento foi
Presidente da Escola, sendo substituído, de 1997 a 1998, por Ivaldo
Luís Baptista dos Santos. Em 1999, José Carlos da Silva Alves, o “Caio”,
respondeu pela presidência da Escola.
Marco Aurélio Nascimento da Silva exerceu a Direção de Carnaval
em 1993 e em 1998. Nos anos de 1994 a 1997, couberam a Laerte Myra
as atribuições do cargo. Luciano Borges foi o diretor de Carnaval em
1999.
O talento do músico Edson Vieira, na direção de harmonia
musical, acrescentou qualidade ao desempenho da Mocidade durante
todo o período (de 1993 a 1998). Ézio Fajardo Nascimento exerceu
estas funções em 1999.
Na direção de bateria, a Escola apresentou Carlos Fernando,
em 1993, e Fernando Silva Marcolino, em 1994. De 1995 a 1996, os
desfiles revelaram Marcelo Soares Silveira à frente dos ritmistas.
Marcelinho mostraria seu talento, nos anos seguintes, com a Integração
do Areal da Baronesa. Em 1997, a Escola contratou o premiado mestre
de bateria Estêvão Renato Pereira que, dali, sairia para Bambas da
Orgia. Revelações da Mocidade foram Rodrigo Gomes Cunha, em 1998,
e Tiago Luís Alves Martins, em 1999, como diretores de bateria. Em 1993, as fantasias da Escola foram desenhadas por Éverson Paulo. Daniel Borges fez o figurino em 1995. No ano de 1996, a Mocidade
contou com a arte premiada de Guaraci Feijó. Maria Luíza da Silva
desenhou os modelos em 1997 e Cristiano Gomes Cunha estreou na
função em 1998. Carlos Souza, o “Cecéu”, foi o figurinista do Carnaval
de 1999.
Carmem Dora da Conceição mostrou o seu belo trabalho na
apresentação do estandarte da Mocidade desde 1993. Em 1994, foi
substituída por Marta Chu Aires.
No destaque de passistas, a Escola trouxe Márcio Luiz Rosa de
Oliveira e Maria Cristina Alves, em 1993. No ano seguinte, desfilaram
José Ricardo Mendes da Rosa e Luciana Barros da Silva, que foram
substituídos, em 1995, por Alexandre Benevenutto e Liziane Teixeira
Batista. O desfile do ano de 1996 trouxe dois passistas premiados:
Cristiano Nunes Brum e Helena Beatriz Fernandes da Silva. Em 1997,
foi a vez de Alexsandro Fernandes e Rita de Cássia Cunha. Em 1998,
dois novos representantes do “samba no pé”: Luciano Cardoso e Flávia
Barbosa da Cruz. Luciano Oliveira Alves e Patrícia Marques foram os
passistas revelados pela Escola no Carnaval de 1999.
Foi com o competente mestre-sala Mário Jéferson Pinheiro que
a Mocidade Independente trouxe a bandeira portada por Denise
Damaceno, em 1993. No ano seguinte, a responsabilidade da
apresentação do símbolo da Escola coube ao casal Marcelo Rodrigues e
Maria Clarice Ferreira Moraes. Maria Clarice desfilou como porta-bandeira,
novamente, em 1995 e em 1996, ao lado de Eduardo Fernandes da
Silva. No ano de 1997, um casal “nota 10” levou a bandeira dos pinheiros:
Luiz Marcelo Rodrigues e Paula Verônica Zylbersztejn. Eduardo retornou
às funções de mestre-sala em 1998, com a porta-bandeira Rita de Cássia
Cunha. Júnior Eduardo Fernandes e Tizane Silva de Souza foram mestre sala
e porta-bandeira de 1999.
Temas de Enredo
1993 - GRAMADO DAS HORTÊNSIAS NA TELA DE UM FESTIVAL (expõe
as dificuldades do cinema no Brasil, os festivais de Gramado e os filmes
premiados) – Autora: Maria Lúcia Silva.
“... na crise por que passa o cinema brasileiro, Gramado não só aceitou
um desafio, mas ultrapassou as expectativas, consolidando um evento
cultural brasileiro hoje reconhecido internacionalmente...”
1994 - DOMINGO TEM GRENAL (homenagem ao clássico jogo de futebol
entre Grêmio e Internacional) – Autores: Ezio do Nascimento e Elpídio
Braga - 1º lugar no Grupo II.
“Para quem gosta de futebol, nada melhor do que um clássico num
domingo de sol. O maior clássico do futebol gaúcho, o Grenal, é o
duelo dos dois maiores clubes, detentores das duas maiores torcidas
do Estado.”
1995 - A MOCIDADE ENTRE CONTOS E FÁBULAS (através de uma avó
imaginária, sentada sobre uma estrela, desfilam os contos e fábulas
infantis mais conhecidos) – Autores: Ivaldo Santos, Guaraci Feijó e
Carolina Feijó.
“...Aladim aterrissou nas areias aquecidas e convidou os netinhos da
vovó para uma voltinha no tapete... Do alto, Aladim mostrava o final
de todos os contos e fábulas... o bem vencendo o mal...mesmo nas
horas mais difíceis, sempre deve haver esperança...”
1996 - RETRATO EM PRETO E BRANCO (o feijão com arroz, mistura
clássica da cozinha brasileira, tem sua história contada desde a origem)
– Autor: Sérgio Peixoto - 1º lugar no Grupo Intermediário A.
“...para que viesse a nascer o mais brasileiro de todos os pratos, seria
necessário um encontro de culturas e uma troca de sabores...o prazer
da feijoada, sempre acompanhada do arroz, é compartilhado de norte
a sul do Brasil...nenhum país do mundo se dedica com tanto amor ao
feijão com arroz...”
1997 - UM RAIO LUMINOSO NA SUPERSTIÇÃO POPULAR (a lenda da
Mãe do Ouro, indicadora dos veios preciosos aos garimpeiros) – Autor:
Sérgio Peixoto.
“...minha trajetória é cintilante e o longo cortejo colorido de luzes
que me seguem forma uma grande cabeleira de estrelas que, quando se
apagam, transformam-se em pedras. O que é hoje uma serra de pedras,
já foi gente vivente em tempos muito antigos que, por castigo do céu,
endureceu de repente e caída ficou...”
1998 - A CRIAÇÃO DA RAÇA BRASILEIRA (a formação do miscigenado
povo brasileiro nos limites do Quilombo de Palmares e sob as bênçãos
de Zumbi) – Autora: Solange Dornelles.
“... unir-se-iam ali não só o jovem guerreiro índio com a princesa africana, mas três raças: a indígena, a negra e a branca. Na reunião foi
acertado que os filhos dessa união teriam como herança a liberdade, a
terra, o céu e o mar, dos quais seriam donos e senhores absolutos...”
1999 - À NOITE, TODOS OS GATOS SÃO PARDOS. SERÁ? (conta os
hábitos do bichano doméstico e as lendas que o cercam) – Autor: Sérgio
Peixoto.
“Quem os vê atirados pela casa, preguiçosos no sofá, brincando com
um novelo de lã, ronronando, não imagina o quanto foram amados e
odiados ao longo da História... eles têm parentes famosos e andam na
boca do povo...”
Em 2005 foi a última colocada no grupo de acesso sendo então afastada do desfile de 2006. A entidade voltou aos desfiles após seis anos como convidada
Enredos
1993: Gramado das Hortênsias na Tela de Um Festival.
1994: Domingo Tem Grenal.
1995: A Mocidade Entre Contos e Fábulas.
1996: Retrato em Preto e Branco.
1997: Um Raio Luminoso na Superstição Popular.
1998: A Criação da Raça Brasileira.
1999: A Noite Todos os Gatos são Pardos, Será?
2000: 500 anos Depois, Cabral, Ora Pois Pois
2001: A Mocidade no Trem da História do Transporte Coletivo de Porto Alegre.
2002: No Carnaval dos Carnavais Nem Tudo que Reluz é Ouro.
2003: Num Vôo... O Encontro de Uma Rica História Alemã.
2004: Dos Conventos a Lajeado, Um Sonho Imigrante no Vale do Taquari.
2005: Entre Histórias e Contos as Glórias e Memórias das Mocidade.
2006 - 2011: Não desfilou.
2012 - 2015: Convidada
1994: Domingo Tem Grenal.
1995: A Mocidade Entre Contos e Fábulas.
1996: Retrato em Preto e Branco.
1997: Um Raio Luminoso na Superstição Popular.
1998: A Criação da Raça Brasileira.
1999: A Noite Todos os Gatos são Pardos, Será?
2000: 500 anos Depois, Cabral, Ora Pois Pois
2001: A Mocidade no Trem da História do Transporte Coletivo de Porto Alegre.
2002: No Carnaval dos Carnavais Nem Tudo que Reluz é Ouro.
2003: Num Vôo... O Encontro de Uma Rica História Alemã.
2004: Dos Conventos a Lajeado, Um Sonho Imigrante no Vale do Taquari.
2005: Entre Histórias e Contos as Glórias e Memórias das Mocidade.
2006 - 2011: Não desfilou.
2012 - 2015: Convidada
2016: A Mocidade encanta e canta os encantos da Lomba do Pinheiro.
2017: A tradição é milenar, os aromas estão no ar, com a Mocidade o sabor do chá nos vamos provar.
2017: A tradição é milenar, os aromas estão no ar, com a Mocidade o sabor do chá nos vamos provar.
Títulos
Campeã do Intermediário A
1996
Campeã do Grupo II
1994
Pesquisa e textos: Sandra Maia
ate o ano 2000
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