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sexta-feira, 29 de maio de 2015

''Biografia de Arthur Bonilla um grande talento que nos deixa''

Morreu, na manhã desta sexta-feira (28/05/2015), o músico cruz-altense Arthur Bonilla. O violonista sofreu um acidente de carro, por volta das 8h30min, na BR-158, em Pejuçara, noroeste do Estado. Conforme informações preliminares, ele voltava do 30º Carijo da Canção Gaúcha, em Palmeira das Missões.

As notas rápidas, a forma firme de tocar e a precocidade são características marcantes de Arthur Bonilla, tido por muitos como um virtuoso do violão brasileiro.
Fez seu primeiro acorde com apenas 3 anos e meio de idade – segundo seu Pai, um Sol maior com todos os dedos errados, mas o som certíssimo – e, desde então, jamais parou de tocar.
Teve como principal referência, depois do Pai, as orientações e o estilo forte e veloz do grande violonista argentino Lúcio Yanel, erradicado no RS desde os anos 80.
Outra característica marcante é a capacidade de desempenhar solos rápidos e duetados, como se fosse mais de um violão, habilidade que desenvolveu ainda menino. O contato com a música latino-americana, sobretudo do Uruguai, que usava muito os trios ou quartetos de violões, com um violão mais grave (chamado Guitarrón) de base e dois ou três solos duetando, no acompanhamento de cantores como Alfredo Zitarrosa, Amalia de La Vega e Nora Galán, lhe instigava a tentar tocar, reproduzindo o som tal e qual ouvira na gravação original, levando-o, então, a criar uma forma muito particular de execução: enquanto o Pai (que, por vezes, o acompanhava) fazia o violão base, Arthur Bonilla fazia os dois (às vezes três) solos duetados, copiando o arranjo original. Muitas vezes eram frases rápidas e de difícil execução para um único instrumentista, numa só vez.
Seguindo o caminho da música como profissão, logo começou a acompanhar cantores de expressão na música regional gaúcha (a exemplo de João de Almeida Neto, com quem toca até hoje) e a participar dos festivais nativistas do RS. Inúmeras vezes premiado como melhor instrumentista nos mais importantes festivais gaúchos, Arthur Bonilla dedica-se a música instrumental, apresentando trabalho solo ou com outras formações, tendo, no repertório, composições de autoria própria, clássicos da MPB, choro e música gaúcha, com breve passagem pela música erudita.
Também no carnaval de Santa Cruz  foi Bi-Campeão do Carnaval com a Imperatriz Da Zona Norte 2007 e 2008 na Harmonia. Violão foi um show a parte.
Tem dividido o palco com grandes nomes da música instrumental do Brasil, como Dominguinhos, Hamilton de Holanda, Arismar do Espírirto Santo, Alessandro “Bebê”Kramer, Oswaldinho do Acordeom, Yamandu Costa e Renato Borghetti, tendo, com este último, trabalho de duo que realiza freqüentes apresentações por todo o Brasil e também no exterior, em países como Alemanha, Bélgica, França, Holanda, Itália, Portugal e Canadá.

um grande musico e grande pessoa que vai nos deixar saudade....

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